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2012 - Livro Vermelho 2013

Luxemburgia diciliata Dwyer EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 07-02-2014

Criterio: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)

Avaliador: Raquel

Revisor: Luiz Santos

Analista(s) de Dados: Roberta Hering

Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago

Especialista(s):


Justificativa

Espécie endêmica do estado da Bahia (Feres, 2001; Chacon et al., 2013), na porção sul da Chapada Diamantina, sendo a única do gênero nativa desse estado. É encontrada nos municípios de Abaíra, Serra da Tromba, Piatã, Pico das Almas e Rio de Contas (Feres, 2001; Cardoso, 2009). Arbustos perenes, ocorrem nos domínios Caatinga e Cerrado, associados a Campos Rupestres (Feres, 2001; Cardoso, 2009), sobre solo arenoso litólico e em altitudes acima de 1.000 m (CNCFlora, 2013). Apresenta EOO de 3.877 km², AOO de 112 km² e e está sujeita a cinco situações de ameaça considerando suas localidades de ocorrência. Assim como outras espécies do mesmo gênero, é delicada com altura variando de 0,5 a 3 m, com ramos quebradiços, sendo sensível ao pisoteio do gado, comum na região, mesmo em áreas com altitude mais elevada, de forma que a pecuária representa um grande risco para ela em seu hábitat. Além disso, a mineração relacionada à extração de diamante, que ainda é praticada na região (Juncá et al., 2005), o aumento da frequência de incêndios (MMA/ICMbio, 2007) e a agroindústria (Sales & Silva, 2008) representam ameaças importantes na Chapada Diamantina. Tais ameaças resultam em um declínio contínuo da EOO, AOO e qualidade do hábitat, sendo necessário o investimento no controle e monitoramento das mesmas a fim de evitar que o táxon figure em um grau de ameaça mais severo em um futuro próximo. Além disso, há uma necessidade premente de elaborar e implementar um plano de ação para a conservação da espécie.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Luxemburgia diciliata Dwyer;

Família: Ochnaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Lloydia 14: 97. 1951.

Distribuição

Endêmica do estado da Bahia (Feres, 2001; Chacon et al., 2013), é a única espécie do gênero nativa da Bahia. Encontrada nos municípios de Abaíra, Serra da Tromba; Piatã, Serra do Gentio e em Rio de Contas, Pico das Almas (Feres, 2001; Cardoso, 2009).

Ecologia

Arbusto perene de 0,5 a 3 m de altura, ocorre nos Campos Rupestres da porção sul da Chapada Diamantina (Feres, 2001; Cardoso, 2009). Encontrada em Caatinga e Cerrado (Feres, 2001; Chacon et al., 2013). Registros de coleta indicam sua presença em solo arenoso litólico (R.M. Harley 4456).

Reprodução

Encontrada com flores de outubro a março e em junho. Encontrada com frutos de janeiro a abril, junho e outubro (Feres, 2001; Cardoso, 2009).

Ameaças

3.2 Mining & quarrying
Incidência regional
Severidade high
Detalhes A Chapada Diamantina possui recursos minerais, destacando-se o diamante, onde a atividade garimpeira foi responsável pelo surgimento das principais cidades da região, incluindo três cidades tombadas como Patrimônio Histórico Nacional (Lençóis, Mucugê e Igatu) (Juncá et al., 2005).

7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência regional
Severidade medium
Detalhes Os incêndios na região são predominantemente de origem antrópica, com motivações variadas: o uso do fogo está ligado a quase todas as atividades tradicionais da região, econômicas ou não, inclusive no interior do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Utilizado sem as devidas precauções, o fogo traz grandes problemas para toda a região (MMA/ICMBIO, 2007).

2.2.2 Agro-industry plantations
Incidência local
Severidade high
Detalhes O município de Abaíra concentra quatro das cinco agroindústrias de beneficiamento de cachaça e derivados na microrregião e a quinta funciona no distrito de Rio das Contas, em Piatã (Sales & Silva, 2008).

2.3 Livestock farming & ranching
Incidência local
Severidade very high
Detalhes Planta ameaçada por pisoteio de gado, comum na região, mesmo em áreas com altitude mais elevada (Nicoletti, com. pess.)

Referências

Como citar

CNCFlora. Luxemburgia diciliata in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Luxemburgia diciliata>. Acesso em .


Última edição por Lucas Moulton em 01/12/2014 - 12:21:32